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Mostrando postagens de 2010

O momento e o Porvir

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U m enorme impulso humano é a curiosidade, sempre queremos saber das coisas mesmo que elas não sejam vitais para nossa sobrevivência, visto o modo frenético que corremos atrás do próximo episódio da série que curtimos, das musicas do próximo CD das bandas que gostamos (mesmo que o CD ainda nem tenha sido gravado), das sondagens da janela de transferências do futebol mundial, das noticias sobre os próximos capítulos da novela, etc... Este impulso é impulsionado (desculpe a redundância) pelo desejo de controlar o futuro, este desejo “nos traz a obsessão de saber o que virá“ (musica Escravos do Porvir – Fruto Sagrado) e nos torna escravos do porvir nos privando do melhor.  Todo mundo adoraria saber o dia da sua morte, ou com quem irá casar, sua posição financeira daqui a 10 anos, ou a conseqüência de seus atos, etc. Contudo, entretanto, porém o desconhecido é a garantia de uma vida intensa, a incerteza é a certeza do verdadeiro, a vida roteirizada é morna, sem surpresas, ela não refle

A prece

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J á faz um tempo que li a trilogia da história do Rei Arthur contada pelo autor Bernard Cornwell, pra quem não sabe Arthur é considerado o maior de todos os reis da Inglaterra, ele é o cara da Távola redonda, “amigo” de Lancelot, querido de Merlin, etc... Contudo ninguém sabe ao certo se ele foi rei mesmo, ou se ele existiu de fato. Bernard Cornwell baseado nos últimos descobrimentos arqueológicos e históricos tenta remontar a história de Arthur a partir de uma nova ótica, enquanto todos retratam Arthur como um exímio guerreiro, um homem forte que nem a traição de sua esposa com seu melhor guerreiro, Lancelot no caso, foi capaz de derrubar ou desanimar o voraz Arthur, o senhor de todas as guerras, pois em suas mãos havia a Excalibur a espada dos deuses. Na contramão da via, Bernard retrata um Arthur humano que o seu maior feito foi preservar o seu coração compassivo com a história alheia em meio ao caos que afligia a sua vida, na verdade este Arthur apresentado por Bernard, não era gr

O menor investimento. O maior amor

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Q uando começamos a analisar a vida afinco, vamos descobrindo que nela há processos e situações que são inerentes a todos e isso nos torna iguais, descobrimos que nossos anseios, desejos e vontades em geral, se analisados em ultima instancia são os mesmos, com isso vem ao chão toda, teoria, idéia, “remédio”, ou religião que dizem ter a formula para controlar a vida ou Deus, ou controlar a vida e Deus. Com esta nova percepção entendemos que estamos sujeitos a todos os bens e males da vida independente do que cremos, que mesmo os mais corruptos e sacanas podem ganhar na loteria, bem como os mais justos e honestos podem morrer atropelados. Trilhando nesse pensamento descubro a verdadeira faceta de Deus, ou posso me enojar de seu suposto “descaso” com a humanidade, com todos os percalços que a vida tem, posso aderir à idéia deísta de que estamos no mundo à deriva da roleta da vida, que como um barco em alto mar, estamos esperando que o tempo não vire e que as ondas não se enfureçam, d