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Mostrando postagens de março, 2013

Uma Dia Inteira

Nasce o sol, dá a luz, nascimento que produz, Diz o dia: começa a vida, diz a vida: começa dia, Na manhã, novidade, na manhã nova idade, Casto novo que encanta, palavras, risos, ciranda, Anda, vibra, dança, faz nascer esperança, Esquenta, preenche o espaço, mas não preenche o inacabado, Descobre o doce e a doçura, transforma a dor e a amargura. Caminha ao passo do anil, inconsequente, juvenil, Descobre o dia devagar, apressa a vida sem parar, Estreita o abraço, cria laço, neste momento gera traço, Encorpa o corpo, ganha o mundo, meio dia, meio tudo, a dama e o vagabundo. Transforma a vida, produz a cria, se aproxima do fim do dia, As três da tarde amadurece, sorri com aquilo que não se esquece, Foge o caminho da solidão, procura o voo do tecelão, Entende a vida no fim da tarde, se torna amigo da saudade, Ao fim do dia o sol nunca mais, e lua a lembrança traz. A vida é bela e a Ideia é nobre. Silas Lima

Mãos de Pilatos

Vivemos uma nova época na história da humanidade, nunca antes a democracia esteve tão bem difundida, a internet e a globalização viraram um grande megafone dos pensamentos humanos, hoje é possível expressar e se mobilizar com muito mais ferramentas do que décadas atrás, movimentos como a Primavera Árabe só são possíveis, devido a este novo mundo, onde todos podem dizer a todos. Por isso me incomodo grandemente com a imparcialidade, o medo de se posicionar, a conveniência, o mormaço, sei que em algumas situações a neutralidade é sábia, pois na vida nada é absoluto, mas não posso aceitar o silêncio, por pura conveniência, o medo de encarar questões, com o pretexto de não mexer no formigueiro, por isso afirmo não sei lidar com a imparcialidade, prefiro o pensamento contrário à imparcialidade. A imparcialidade é perversa, busca o conforto, é egoísta, encolhe a mão, fecha as portas, não chove e nem molha, não indica, não ensina, fecha os olhos e abre espaços para as negociatas, falc