Mãos de Pilatos


Vivemos uma nova época na história da humanidade, nunca antes a democracia esteve tão bem difundida, a internet e a globalização viraram um grande megafone dos pensamentos humanos, hoje é possível expressar e se mobilizar com muito mais ferramentas do que décadas atrás, movimentos como a Primavera Árabe só são possíveis, devido a este novo mundo, onde todos podem dizer a todos.

Por isso me incomodo grandemente com a imparcialidade, o medo de se posicionar, a conveniência, o mormaço, sei que em algumas situações a neutralidade é sábia, pois na vida nada é absoluto, mas não posso aceitar o silêncio, por pura conveniência, o medo de encarar questões, com o pretexto de não mexer no formigueiro, por isso afirmo não sei lidar com a imparcialidade, prefiro o pensamento contrário à imparcialidade.


A imparcialidade é perversa, busca o conforto, é egoísta, encolhe a mão, fecha as portas, não chove e nem molha, não indica, não ensina, fecha os olhos e abre espaços para as negociatas, falcatruas, injustiça, não lhe permite ser, é o caminho do desencontro - desencontro por que o imparcial se esconde de tal forma que não sabe mais o que é dia e o que é noite, quando vê está encalacrado num abismo regido pelas leis do conformismo.


Tenta não ser injusto, mas mal sabe que a omissão é um ato infiel à justiça, é o primórdio da indiferença, como diz o Engenheiro “Havaiano” “quem ocupa o trono tem culpa, quem oculta o crime também, quem duvida da vida tem culpa, mas quem evita a duvida também tem”.


Uma das "penas" do mundo é o silêncio dos bons, por isso pense, fale e se necessário for mude de opinião, os que não podem ou não possuem a coragem de se posicionar, não se conhecem, não resolvem, não são felizes.


Mesmo errado, os que falam aprendem, enfrentam a vida e descobrem como viver, podem até perder o conforto, mas encontram a paz.

 A vida é bela e a ideia é nobre.

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