O circo da superfície
O
espetáculo começou, são luzes, música, interpretação e aplausos... Ah! Também
tem o palhaço.
As
luzes são lindas, muitas cores, brilho, holofotes e atenção, é o antidoto do
breu, esconde bem a escuridão, afinal se não vê, não dói, se não vê, acredita,
pois acredita só no que vê, e quem não vê? O que vê? Quem vê? Talvez tenha algo a ser visto, mas afinal de contas quem quer ver? O espetáculo começou, são
luzes, música, interpretação e aplausos... Ah! E não posso me esquecer do
palhaço.
A música
é perfeita, muito som, dança, agitação e atenção, toca a emoção, esconde bem o
que toca, afinal ninguém se toca, a música toca, e quem não toca? O que
toca? Quem toca? Talvez tenha algo há ser tocado, mas afinal de contas quem
quer tocar? O espetáculo começou, são luzes, música, interpretação e
aplausos... Ah! Quase me esqueço, também tem o palhaço.
A
interpretação é contagiante, muitas cenas, gestos, diálogos e atenção,
encarna o personagem, esconde bem o ser, afinal de contas ninguém é, eles só
parecem ser, pois só é o que parece, e quem não é? O que é? Quem é? Talvez tenha
algo a ser, mas afinal de contas quem quer ser? O espetáculo começou, são
luzes, música, interpretação e aplausos... Poxa vida ia esquecendo, também tem
o palhaço.
Os
aplausos são mágicos, barulho, risos e atenção, é o reconhecimento do meu ato,
esconde bem os atos, afinal que importa o que eu faço, eu tenho aplausos, e
quem não faz? O que faz? Quem faz? Talvez tenha algo a ser feito, mas afinal de
contas quem quer fazer? O espetáculo começou, são luzes, música, interpretação
e aplausos... e só.
A vida é bela e a ideia é nobre.
Silas
Lima
Comentários
me fez parar e usar um bom tempo do meu dia refletindo sobre isso, D+
Enfim, a reflexão valeu a pena, mto bom mesmo o texto
Parabéns !!!!