Salvador (Saudade) #08/20

Cheguei em Salvador, vim para ver minha família, tenho uma tia e dois primos que não os via desde os meus 14 anos, havia uma ansiedade natural e uma saudade monstra, nosso distanciamento foi um pouco conturbado, mas nada que o tempo não pudesse curar.

Quando eu entrei na casa de minha tia, foi incrivelmente emocionante, tanto tempo, tanta história, tanto amor, tanta saudade e tudo se transformou em muito choro, muito abraço, muito beijo, natural daqueles que esperam pelo encontro a tanto tempo.

Matar essa saudade, por incrível que pareça me deu mais saudades, fiquei com saudades do que tenho em São Paulo, senti saudades do cheiro do seu perfume, dos meus pais, dos meus irmãos, dos meus amigos, senti saudades. 

Me prometi nunca mais ficar 15 anos sem ver alguém que eu amo, nunca mais mesmo. A saudade é um sentimento ingrato, diria um amigo que ela é o amor ainda pulsando, mas ao mesmo tempo é a dor eterna dos que amam, é inevitável, quem ama sente saudade, por conseguinte sofre.

Como se evita essa dor? Como não sentir Saudades? Só tenho uma maneira, se encontrar, essa é a única forma de não sentir essa dor.

Por isso lhe peço vá ao encontro de quem você ama, não meça esforços, apenas vá, no fim da vida, ninguém lamenta o carro que perdeu, ou casa que não comprou, mas sim o beijo que não deu, ou o abraço que desperdiçou.

Pois talvez a vida se resuma aos encontros que temos, por isso espero que nos encontremos em breve.   

Só quem vai pode voltar...

A vida é bela e a ideia é nobre

Silas Lima

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